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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

TRANSTORNOS RELACIONADOS AO USO DE SUBSTÂNCIAS


É triste ver como a vida das pessoas e de famílias inteiras pode ser destruídas pelo abuso e pela dependência das drogas. É claro que há dependências menos graves, mas todas são consideradas doenças já que trazem inevitavelmente inúmeros prejuízos à saúde, às finanças, à vida social e ao bem estar do paciente e de seus familiares. E são muitas as drogas que causam dependência: Álcool, café, chocolate, cigarro, cocaína, maconha, heroína, LSD, ópio, sedativos, hipnóticos, etc. O abuso e dependência de drogas estão freqüentemente relacionados a outros transtornos mentais, como depressão, transtorno bipolar, ansiedade generalizada etc.
Dependência de drogas é o termo utilizado pelos médicos e que teve muitos significados com o passar das décadas. Os termos “vicio” e “viciado” tomaram tons pejorativos e têm sido evitados. Assim os termos melhor empregados para transtorno de substância são os conceitos de intoxicação,  abstinência, abuso e dependência de drogas. Vamos falar sobre cada um deles.
Intoxicação por substância é o conjunto de alterações psicológicas, ou de comportamento reversíveis causadas pela exposição aguda a determinada substância ou mais de uma, como humor instável, prejuízo cognitivo, alteração da memória, beligerância, etc. É por exemplo quando alguém está alcoolizado.
Abstinência de certa substância é o conjunto de sinais e sintomas determinados pela redução ou parada do uso desta substância, causando no individuo sofrimento ou prejuízos de saúde,  sociais, ocupacionais, etc. São tremores aumento de suor, irritabilidade, ansiedade, delírium, convulsões. Imagine o alcoólatra tremendo pela manhã e bebendo para parar o tremor e a ansiedade.
Abuso de uma substância é um padrão de uso recorrente da mesma, acarretando incapacidade de trabalhar,  cumprir obrigações na escola, com familiares e amigos, muitas vezes levando a problemas legais como detenções. O uso é continuado apesar dos problemas que traz ao individuo.
Dependência de uma substância ocorre quando se desenvolve tolerância a droga, isto é, redução do efeito da droga com o uso contínuo, necessitando de doses cada vez maiores para obter o efeito desejado. Na dependência o individuo tem aSíndrome  de Abstinênciae procura utilizar a droga para aliviar tais sintomas. Muito tempo do individuo é utilizado para obter e utilizar a droga. Ele abandona suas atividades sociais, ocupacionais e outras prazerosas exclusivamente para obter a droga. Muitas vezes o paciente faz tentativas de parar ou controlar o uso da droga, muitas vezes mal-sucedidas.
Também em relação aos transtornos com drogas utilizamos o termo co-dependência para designar os comportamentos de alguém muito ligado a um dependente de drogas. É o que chamamos por exemplo “esposa de alcoólatra”, que acaba consciente ou inconscientemente facilitando o uso e as recaídas por não terem clareza de que se trata de uma doença. Os co-dependentes desistem de ajudá-lo ou de impedir que use a droga, por vezes se sentindo com raiva, culpados, fracassados. No entanto isso faz parte da doença, a negação da perda de controle do uso da droga (é muito comum o dependente dizer que “para quando quer”). Assim os parentes muitas vezes também negam a existência da doença e não aceitam a idéia de que é necessária intervenção externa.Muitas vezes os co-dependentes atribuem a si mesmos o fracasso, sentindo baixa auto-estima e depressão, o que só piora o prognóstico da doença. Lembrem-se: A dependência de drogas É UMA DOENÇA.
TRATAMENTOS
Os tratamentos variam conforme a gravidade do transtorno e com o tipo de droga envolvida. Por exemplo um tabagista pode responder a uma breve intervenção com orientação, medicamentos para diminuir o desejo de fumar e terapia de apoio. Mas os tratamentos podem ser bem mais intervencionistas quando há necessidade de internação para desintoxicação e prevenção da síndrome de abstinência.
Todas as dependências apresentam sua gravidade individual, conforme o comprometimento e dificuldade pessoal em transformar-se. Além disso as chances do paciente aumentam muito quando há apoio familiar.

Caberá ao psiquiatra o diagnóstico da dependência e de outras doenças mentais relacionadas, como depressão, fobia, etc. Ele fará uso de medicações, terapia de base analítica e comportamental, apoio aos pacientes e familiares. O melhor tratamento envolve uma combinação de todo arsenal terapêutico conforme as demandas individuais.

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