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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

TRANSTORNOS ALIMENTARES


Muita gente vai concordar que comer é um prazer mas para tantos alimentação é um martírio. Temos que nos alimentar com certa periodicidade, não tem jeito! E receber tudo aquilo que o corpo necessita. A máxima “somos aquilo que comemos” reflete a adequação daquilo que ingerimos, especialmente tudo o que é conseqüência da modernidade, da grande produção de alimentos, e daquilo que escolhemos para comer, muitas vezes baseados em aspectos sociais e psicológicos.
Comportamentos prejudiciais ao indivíduos relacionados á alimentação e ao peso são chamados de transtornos alimentares. Até 4% dos estudantes adolescentes e adultos jovens apresentam algum transtorno alimentar. Discutiremos os mais importantes.
Anorexia nervosa
Alardeada na mídia, esta doença atinge até 1% das adolescentes e afeta de 10 a 20 vezes mais as mulheres do que os homens. Muito freqüente entre bailarinas e modelos, pessoas com anorexia nervosa (AN) recusam-se a manter um peso mínimo normal para sua altura por temerem engordar ou por considerarem-se gordas conforme uma imagem distorcida de si mesmas. Em geral apresentam um comportamento muito peculiar, sempre envolvidas em atividades físicas ou fazendo as coisas com muitos detalhes e agilidade na tentativa de gastarem mais energia, ou manejando os alimentos repetidamente, cortando os em pedaços muito pequenos, reposicionando-os varias vezes no prato etc. São pessoas muito perfeccionistas e obsessivas, inclusive na infância.

A palavra “anorexia” significa falta de apetite, mas isto não é o que se observa na AN. O paciente sente fome, mas diante da fome ele toma dois possíveis caminhos: ou se impõe uma rigorosa restrição de alimentos mesmo com fome, ou comem por vezes escondido e provocam vomito ou tomam laxantes e diuréticos. “- Mas isso não é bulimia?” Na Bulimia nervosa o peso é normal ou aumentado. Mas a palavra “bulimia”  significa compulsão a comer, e pode acontecer tanto na AN como na doença Bulimia Nervosa.
Por fim, a AN é acompanhada de ausência de menstruação por 3 períodos consecutivos ao menos (amenorréia), em mulheres que já tiveram sua primeira menstruação. A amenorréia nem sempre está presente mas é muito típica da doença.
Bulimia Nervosa
Mais freqüente que a anorexia nervosa, a bulimia nervosa (BN) é uma doença caracterizada por compulsão alimentar em pessoas com peso normal ou excessivo também preocupadas com sua forma e seu peso corporal. Em geral os pacientes fazem isto de maneira inadequada e perigosa. Existem dois tipos, a saber, os que purgam (vomitam, tomam laxantes e diuréticos) e os que não purgam e só têm o “comer compulsivo”. Nestes pacientes a ingestão de alimentos ocorre em um período de tempo limitado (até duas horas) em quantidade bem maior que a maioria das pessoas. Eles descrevem que não conseguem se controlar, seja quanto á quantidade ou o tipo de alimento.

Obesidade
A obesidade refere-se a um excesso de adiposidade corporal. O índice mais comum de avaliação de obesidade é o índice de massa corpórea (IMC) que é calculado dividindo-se o peso em quilos pelo quadrado da altura em centímetros. Embora esse índice não reflita diretamente a quantidade de gordura, um valor entre 20 e 25 é considerado normal.

É simples explicar porque as pessoas engordam: ingerem mais calorias do que gastam. Mas são várias as razões deste desbalanço, e os fatores genéticos são os mais importantes. Os hábitos familiares e os comportamentos aprendidos desde a infância relacionam-se com os fatores genéticos sendo importantes determinantes da doença.
Nas sociedades modernas a diminuição da atividade física e a facilidade na obtenção de alimentos também é um fator essencial para o aumento da obesidade. Apesar de que quando iniciamos a atividade física aumentamos a nossa necessidade de alimento, o mesmo não ocorre no sentido oposto. Um corpo parado não necessita de muito menos alimento, e engordamos.
Outras causas importantes da obesidade são perturbações emocionais e a maneira de lidar com elas, certas condições de saúde (como na doença de Cushing) e o uso de certos medicamentos.
A obesidade tem vários efeitos sobre o individuo tanto em sua saúde,m causando doenças cardiovasculares, hipertensão, diabete, apnéia do sono, como psicológicas,como a diminuição da auto-estima, o isolamento social, privação de atividades por vergonha, etc.
Tratamento
Os tratamentos para os transtornos alimentares envolve uma abordagem abrangente. Médicos, terapeutas, nutricionistas, fisiologistas do exercício, enfim, uma equipe. Em geral esta equipe é orientada por um dos profissionais envolvidos muito freqüentemente o médico. A abordagem multiprofissional nos parece a ideal.


O uso de medicamentos especialmente para a AN para BN deve ser de responsabilidade do psiquiatra. Estas doenças são abordadas com medicação especifica e psicoterapia analítica ou terapia cognitivo-comportamental. Na obesidade o psiquiatra além do endocrinologista pode fazer o tratamento utilizando medicamentos específicos para aumentar a sensação de estar satisfeito com o que comeu (saciedade), diminuir a absorção de gorduras e diminuir a fome. Além disso ele pode fazer uma abordagem psicoterapêutica, tentando ajudar na resolução dos conflitos, na conscientização da doença, na mudança de comportamentos alimentares.

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